16º CONGRESSO BRASILEIRO DE NEUROLOGIA INFANTIL

Dados do Trabalho


Título

TOQUE GENTIL DIMINUI A DOR EM RECEM-NASCIDOS PREMATUROS

Introdução

Neonatos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão frequentemente expostos a estímulos estressantes e dolorosos que podem trazer danos irreversíveis a longo prazo devido a imaturidade cerebral, levando ao aumento da plasticidade cerebral negativa.

Objetivo

Verificar o efeito do toque facilitador no alívio da dor durante o procedimento de aspiração respiratória de recém-nascidos (RNs) prematuros e de baixo peso.

Métodos

Pesquisa do tipo ensaio clínico não aleatorizado, realizado na UTI Neonatal de um hospital público na cidade de Goiânia, GO, Brasil aprovada pelo Comitê de Ética. A amostra foi de 20 prematuros de baixo peso, ambos os sexos, hemodinamicamente estáveis sem sedação ou com sedação mínima em ventilação mecânica, CPAP ou cateter nasal, com monitorização cardíaca e respiratória, que necessitaram de aspiração de tubo orotraqueal e/ou vias aéreas superiores. As variáveis comportamentais foram registradas por vídeo gravação. Na avaliação da percepção da dor foi utilizada a Neonatal Infant Pain Scale (NIPS). Foram coletados dados dos prontuários dos bebês. Os vídeos foram realizados durante o procedimento de aspiração respiratória em dois momentos: sem nenhuma intervenção (avaliação inicial) e no dia seguinte com a aplicação do toque gentil (avaliação final). O toque gentil consistiu em posicionar as mãos do profissional de maneira firme sobre o tórax do bebê antes da realização da aspiração. Após a coleta dos dados, dois avaliadores independentes avaliaram e pontuaram a percepção da dor pela NIPS, em que a pontuação varia de 0 a 7, sendo que valores superiores ou iguais a 4 indicam a presença da dor. A análise estatística foi realizada no programa SPSS por meio do Teste T de Student.

Resultados

A amostra apresentou média 27,8 semanas de idade gestacional, 1.048g de peso ao nascimento. Quanto ao suporte ventilatório, encontravam-se em ventilação mecânica (55%), CPAP (25%) e cateter nasal (20%). A média de escore na escala da dor foi de 5 (avaliação inicial) e 3 (avaliação final), com diferença estatisticamente significativa (p <0,02). A maioria (85%) apresentaram escores superiores a quatro na escala NIPS.

Conclusões

Após o toque gentil a percepção de dor pelos RNs prematuros foi menor durante o procedimento de aspiração respiratória e apenas três bebês manifestaram pontuação para a classificação como dor pela NIPS. Os achados indicam que o procedimento pode ser um recurso facilitador para diminuição da dor em RNs durante a aspiração respiratória.

Palavras Chave

dor, toque facilitador, Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), terapia intensiva neonatal.

Referências (se houver)

Fonte de Fomento (se houver)

Declaração de conflito de interesses de TODOS os autores

Todos autores declaram não haver conflito de interesses.

Área

Neurologia neonatal

Instituições

Universidade Estadual de Goiás - Goiás - Brasil, Universidade Federal de Goiás - Goiás - Brasil

Autores

Fernanda de Souza Leal, Victória Christine Machado e Silva, Nayara Rodrigues Gomes de Oliveira, Bruna Abreu Ramos, Cibelle Kayenne Martins Roberto Formiga, Waldemar Naves do Amaral