16º CONGRESSO BRASILEIRO DE NEUROLOGIA INFANTIL

Dados do Trabalho


Título

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: TRIAGEM PRECOCE EM AMBIENTE HOSPITALAR

Introdução

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits e dificuldades na comunicação e interação social, associados a interesses e atividades restritas e circunscritas. Suas características já podem ser detectadas nos primeiros anos da infância.

Objetivo

Um dos maiores problemas enfrentados no TEA diz respeito ao encaminhamento tardio do paciente. Assim, justifica-se a necessidade de abordar precocemente crianças com possíveis transtornos do neurodesenvolvimento, podendo ser encaminhadas para uma avaliação mais específica e acompanhadas por profissional capacitado.

Métodos

Utilizar questionário de triagem precoce para o TEA. O instrumento a ser utilizado é o M-CHAT: Modified Checklist for Autism in Toddlers na versão em português. Através de uma abordagem aos pais, durante internação em ambiente hospitalar, independente do
motivo do internamento destas crianças, em um período de 60 dias. Aqueles identificados com risco para TEA, serão encaminhados para o ambulatório de Neuropediatria do Hospital Regional de Presidente Prudente, para seguimento com a especialidade.

Resultados

Os resultados obtidos foram considerando uma amostra de 13 crianças, dentro da faixa etária de 18 a 24 meses. A média de idade
foi a faixa etária de 20 meses. Todas as crianças obtiveram triagem positiva para TEA, sendo a média de respostas “Não/Falha” igual a 5. Observou-se que 100% da amostra encontram-se com risco para TEA, mas é importante se ter a consciência de que mesmo com um resultado de triagem positivo, ainda se pode ter um não diagnóstico de TEA, porém, estas crianças apresentam risco elevado de outros atrasos ou transtornos do desenvolvimento, e através da triagem é possível identificar os desvios nos marcos do neurodesenvolvimento, e consequentemente intervir com precocidade. De acordo com a literatura, a prevalência é maior em
meninos do que em meninas, na proporção de cerca de 4:1, mas como na amostra do estudo a maioria dos questionários foi aplicado em meninas, houve uma maior prevalência no sexo feminino.

Conclusões

Com o aumento da prevalência, o presente trabalho salienta a importância da aplicação de testes de triagem para detecção precoce dos sinais e sintomas, já que é um distúrbio do neurodesenvolvimento, que não tem cura, porém temos tratamento. E para que o
mesmo seja eficaz, é importante que haja precocidade no inicio do mesmo.

Palavras Chave

Transtorno Do Espectro Autista, M-CHAT, Questionários, Rastreamento, Diagnóstico

Referências (se houver)

ALMEIDA, S. S. A. et al. Transtorno do espectro autista. A Revista do Pediatra, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 72-78, 2018. Disponível em:
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/345/transtornodoespectroautista. Acesso em: 07 set. 2020.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). DSM III R: Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais. 3 ed. São Paulo: Editora Manole, 1989. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). DSM IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). DSM V: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. ARAUJO, L. A. et al. Manual de Orientação: Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento: Transtorno do espectro do autismo. v. 5, abr. 2019. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21775c-MO_- Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf. Acesso em: 07 set. 2020. LOSAPIO, M. F.; PONDÉ, M. P. Tradução para o português da escala M-CHAT para rastreamento precoce de autismo. RevPsiquiatr RS. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rprs/v30n3/v30n3a11.pdf. Acessoem: 07 set. 2020.
VOLKMAR, F. R.et al. Autismo: Guia essencial para compreensão e Tratamento. Revisão Tecnica. Porto Alegre: Artmed, 2019.
LIBERALLESSO, P. et al.Autismo: Compreensão e práticas baseadas em evidências. 1 ed. Curitiba: 2020.

Declaração de conflito de interesses de TODOS os autores

NENHUM

Área

Transtornos neuropsiquiátricos e distúrbios de aprendizagem

Instituições

HRPP - São Paulo - Brasil

Autores

BARBARA CRISTINA BARROS, ARMENIO ALCANTARA RIBEIRO, MAYARA YUKARI OMORI, RAFAELA NAOMI TOKESHI