16º CONGRESSO BRASILEIRO DE NEUROLOGIA INFANTIL

Dados do Trabalho


Título

ASFIXIA PERINATAL E AUDIÇAO: PREVALENCIA DE ALTERAÇOES NA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL

Introdução

A asfixia perinatal leva a alterações na homeostasia do feto, em decorrência da redução na quantidade de oxigênio e quantidade de sangue que circula entre os diversos órgãos e tecidos. Esta redução do aporte de oxigênio ocasiona lesões e morte celular. Neste sentido, as células ciliadas externas, principais receptores dos sinais acústicos, são extremamente sensíveis à falta de oxigênio causada pela asfixia. A morte dessas células causa perda de audição irreversível, ou seja, perda auditiva sensorioneural. Assim sendo, um dos métodos que identifica precocemente a deficiência auditiva é a Triagem Auditiva Neonatal Universal.

Objetivo

Verificar a prevalência de alterações auditivas presentes na Triagem Auditiva Neonatal Universal em uma maternidade pública do estado de Santa Catarina.

Métodos

Estudo descritivo, retrospectivo, de caráter quantitativo, de nascidos nos anos de 2015 a 2020 em uma maternidade pública do estado de Santa Catarina, que apresentaram diagnóstico de asfixia perinatal. Os neonatos foram submetidos à realização da técnica combinada da Triagem Auditiva Neonatal Universal composta pelos exames objetivos de Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático. Os dados foram coletados por meio de uma planilha com os registros de atendimento da equipe de fonoaudiologia na instituição do estudo de base.

Resultados

Dos 37.181 nascimentos de 2015 a 2020, houve 48 (0,12%) casos de asfixia perinatal. Destes, 44 (91,6%) neonatos passaram na Triagem Auditiva Neonatal Universal e 4 (8,33%) falharam, sendo estes encaminhados para diagnóstico audiológico em um serviço de referência em saúde auditiva.

Conclusões

Faz-se necessário o acompanhamento longitudinal dos lactentes que passaram na triagem auditiva neonatal universal, a fim de identificar as repercussões no processo desenvolvimental nos aspectos da aquisição de linguagem e, sobretudo, no desempenho escolar.

Palavras Chave

Asfixia Neonatal, Audição, Fonoaudiologia, Triagem Neonatal

Referências (se houver)

LEITE, J. N.; SILVA, V. S.; BUZO, B. C.; Emissões otoacústicas em recém-nascidos com hipóxia perinatal leve e moderada. CoDAS, 28(2): 93-98, 2016.

ONODA, R. M.; AZEVEDO, M. F.; SANTOS, A. M. N. Neonatal Hearing Screening: failures, hearing loss and risk indicators. Braz J Otorhinolaryngol., 77(6):775-83, 2011.

RIBEIRO, G. E.; SILVA, D. P. C.; MONTOVANI, J. C. Avaliação dos níveis de resposta das emissões otoacústicas em neonatos com asfixia perinatal. Rev Paul Pediatr.,32(3):189−193, 2014.

Fonte de Fomento (se houver)

Declaração de conflito de interesses de TODOS os autores

Não há conflito de interesse

Área

Neurologia neonatal

Instituições

Maternidade Darcy Vargas - Santa Catarina - Brasil

Autores

Jaqueline de Souza Fernandes, Josiane Hoffmann, Denise Cristiana Trauer Balsini, Fabiane Zimmermann, Julio Amaro de Sá Koneski