Dados do Trabalho
Título
CRISES EPILEPTICAS UNICAS NEONATAIS: UMA ANALISE ETIOLOGICA NO HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITARIO DE SAO BERNARDO DO CAMPO - SP
Introdução
O período neonatal é o de maior risco para crises epilépticas com incidência de 1 a 5 por 1.000 nascidos-vivos. A maioria das crises ocorrem nas primeiras 24 horas de vida são comumente por causas não epilépticas. Crises neonatais são majoritariamente sintomáticas, envolvendo um amplo espectro de doenças e disfunções metabólicas. Objetivo: Descrever a incidência e as etiologias de crises epilépticas neonatais únicas que ocorreram no período neonatal em pacientes da UTI Neonatal e Berçário.
Objetivo
Descrever a incidência e as etiologias de crises epilépticas neonatais únicas que ocorreram no período neonatal em pacientes da UTI Neonatal e Berçário.
Métodos
Foram incluídos pacientes de 0 a 28 dias de vida, internados na UTI Neonatal e Berçário do Hospital Municipal Universitário de São Bernardo do Campo, que apresentaram crises epilépticas únicas na internação. O diagnóstico das crises foi feito através de critérios clínicos -Volpe - considerando crises únicas que ocorreram nesse hospital no período de 19/05/2020 a 25/05/2021. Foi realizado também eletroencefalograma em 22 pacientes, sendo os 7 que não fizeram tal exame avaliados antes da atualização de critérios diagnósticos de crise neonatal. Foram analisadas as etiologias das crises dos pacientes. Os dados foram obtidos através da análise retrospectiva dos dados via prontuário eletrônico.
Resultados
No período analisado houve 54 pacientes com crises epilépticas. Destes, 29 tiveram crises únicas. Destes 29, 13 eram do sexo feminino (44,8%), 16 do sexo masculino (55,2%), 15 recém-nascidos pré-termo (51,7%) e 14 a termo (48,3%). Quanto à etiologia das crises: 4 hemorrágicas (13,8%), 1 infecciosa (3,44%), 8 hipóxico-isquêmicas (27,6%), 2 metabólicas (6,9%), 2 vasculares (6,9%), 1 estrutural (3,44%), 7 genéticas (24,1%), 4 desconhecidas (13,8%).
Conclusões
Pelos dados obtidos, verificou-se que a maioria dos pacientes foi do sexo masculino (55,2%) e a proporção entre pacientes a termo (48,3%) e pré-termo (51,7%) foi semelhante. Dentre as etiologias, a mais comum foi a hipóxico-isquêmica com 27,6%, seguida pela genética com 24,1%. Como terceira causa estão empatadas a hemorrágica e causas desconhecidas com 13,8% cada. Causas menos frequentes foram metabólicas, vasculares, estruturais e infecciosas. Concluiu-se que os dados das etiologias podem ser comparados aos da literatura atual, exceto pela genética, que em nossa amostra foi a segunda mais frequente, contrastando com dados da literatura que a colocam como menos prevalente.
Palavras Chave
crise epiléptica neonatal ; neonatalogia ; epilepsia ; crise sintomática neonatal
Declaração de conflito de interesses de TODOS os autores
Declaro não haver conflitos de interesse.
Área
Epilepsias
Instituições
Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - Brasil
Autores
KLEITON RODOLFO DA SILVEIRA RUFINO, DANIELA FONTES BEZERRA, LARISSA MARIA SOARES LYRIO, VANESSA AKEMI IMAIZUMI, RAQUEL PAIVA ARRUDA, BRUNA CAPPELLANO CASACCHI, CINTIA THAIS ARTEIRO DE FARIA, EVELYN YANDIRA MACHICADO QUIROGA, RUBENS WAJNSZTEJN