16º CONGRESSO BRASILEIRO DE NEUROLOGIA INFANTIL

Dados do Trabalho


Título

COMORBIDADES PSIQUIATRICAS NOS PACIENTES COM EPILEPSIA

Introdução

As comorbidades psiquiátricas são aspectos importantes no dia a dia das pessoas com epilepsia pois tem grande influência na qualidade de vida.
Depressão, ansiedade e transtornos psicóticos, podem variar entre 2 até 10 vezes mais nas pessoas com epilepsia do que na população em geral, sendo o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade o mais comumente associada (TDAH).
Existem evidências de que aqueles com epilepsias focais (risco entre 54 a 60%) podem ter um risco maior de comorbidade psiquiátrica do que aqueles com crise generalizada (37%), tendo taxas proeminentes de até 50% em casos que não atingem controle de crises mesmo em uso de dois ou mais fármacos (epilepsia fármaco-resistente) em comparação a 10 % naquelas cujas convulsões estão em remissão.

Objetivo

Descrever os tipos de crise e resposta terapêutica em pessoas com epilepsia e comorbidades psiquiátricas.

Métodos

Estudo observacional, descritivo de pacientes entre 5 e 41 anos do serviço de epilepsia durante o ano de 2019 e que apresentaram comorbidades psiquiátricas.
Critérios de inclusão: perfil da doença e demográfico.
Critérios de exclusão: Pacientes com crise sintomática aguda e quadros de crise psicogênica não epiléptica.

Resultados

De 78 pacientes em acompanhamento, 34 (43,6%) tinham comorbidades psiquiátricas, 55,9% eram do sexo feminino e 44,1% do sexo masculino. A mediana da idade foi 16,5 anos.
Dos pacientes com comorbidades, 42,1 % eram fármaco-resistentes, e 44,1% fármaco-responsivos, destes 64,7% tinham crises focais, 32,3% generalizadas e 3% crises não classificadas.
TDAH foi a comorbidade mais prevalente, com 38,2% dos casos, seguida pelo transtorno do espectro autista 26,5%, depressão 17,7%, ansiedade 14,7% e o transtorno obsessivo compulsivo 2,9%.

Conclusões

Condicente com os dados da literatura, comorbidades psiquiátricas também foram prevalentes nesta amostra, sendo o TDAH o mais comum delas. Porém o controle das crises epilépticas não teve influência na população estudada .
É necessário o reconhecimento desse cenário para otimização terapêutica e qualidade de vida.

Palavras Chave

Epilepsia, fármaco-resistente, psiquiatria, TDAH

Referências (se houver)

Fonte de Fomento (se houver)

Declaração de conflito de interesses de TODOS os autores

NÃO HÁ CONFLITO DE INTERESSES

Área

Transtornos neuropsiquiátricos e distúrbios de aprendizagem

Instituições

Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - Brasil

Autores

Cinthia Thais Arteiro De Faria, Daniela Fontes Bezerra, Rubens Wajnsztejn , Rudá Alessi, Evelyn Yandira Machicado Quiroga, Bruna Cappellano Casacchi, Marina Maia Cavalcanti, Raquel Paiva Arruda