XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

Vigilância de Endoleak tipo II resultante do reparo endovascular em aneurisma de aorta, realizada por angiotomografia computadorizada, ecodoppler 3D e ultrassonografia com contraste por microbolhas (CEUS)

Apresentação do Caso

Paciente do sexo masculino, 61 anos, hipertenso em uso de losartana, dislipidêmico em uso de sinvastatina e AAS, foi diagnosticado com aneurisma fusiforme de aorta abdominal infrarrenal, tendo diâmetro de 53 X 43 mm. As artérias ilíacas apresentavam ectasia, tendo calibre de 25 milímetros à direita e 24 milímetros à esquerda. Em agosto de 2019, foi submetido a reparo endovascular de aneurisma aórtico (REVA) em aorta abdominal, com colocação de endoprótese bifurcada de aorta Excluder C3 Gore + Bell Bottom com 27 milímetros. Em setembro de 2019 foi submetido à angiotomografia de acompanhamento, sendo observado um aumento discreto em comparação com o exame anterior, tendo 60 x 54 milímetros, com sinais de endoleak provavelmente do tipo II. Após 5 meses, em uma nova AngioTc, o saco aneurismático apresentava calibre máximo de 61 x 57 milímetros, preenchido por trombos murais havendo sinais sugestivos de endoleak tipo II, provavelmente relacionado a um ramo lombar direito e/ou artéria mesentérica inferior. Foi realizado como método diagnóstico adicional, ultrassonografia com contraste por microbolhas (CEUS), a qual se percebeu a presença de endoleak tipo II, com entrada e saída próximas à bifurcação da prótese, além de ultrassonografia vascular com transdutor X 6-1, Philips, tendo o recurso x-plane e ecodoppler 3D, utilizando transdutor XL 14-3, Philips. O ultrassom vascular documentou um endoleak tipo II no ramo ilíaco direito da endoprótese. Optou-se por tratamento laparoscópico com ligadura da artéria mesentérica inferior. Posteriormente, foi realizada, por acesso endovascular, a embolização de nidus do Endoleak tipo II com Onyx, acrescida da oclusão de artéria ilíaca interna direita com plug Amplatzer e posteriormente, a colocação de extensão sobre a artéria ilíaca externa direita.

Discussão

A identificação e classificação do endoleak são fundamentais para o acompanhamento do pós-operatório da correção endovascular do aneurisma. Por vezes, um único método de imagem pode gerar falsos negativos ou não classificar adequadamente a evolução. Com o surgimento dos novos métodos de exame, eleva-se a especificidade do controle pós-operatório.

Conclusão

O presente relato de caso destaca a importância de associar exames complementares como angiotomografia, ultrassom vascular com transdutores que possibilitem renderização das imagens 3D e ultrassom com microbolhas. Tal conduta se mostrou efetiva no controle de complicações após o tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal.

Referências

Faustino, C. B. et al. Experiência inicial com ultrassom Doppler com contraste por microbolhas em adição ao ultrassom Doppler convencional para seguimento de correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Jornal Vascular Brasileiro, v. 20, 2021.

Pinelo, A. F. B.; Oliveira, M. J.; Ivone F. S. S. Publicação. Angiologia e Cirurgia Vascular. Abordagem aos Endoleaks tipo II -Uma Revisão Sistemática dos últimos 5 anos de literatura. Angiol Vasc Surg, v. 18, n. 1, p. 75–80, 2022.

Belczak, S. Q.; Pedroso, G. D.; Ogawa, L. C.; et al. Tratamento de endoleak tipo 1A mediante embolização com molas: relato de caso. J Vasc Bras. 2019;18.

Área

Geral

Autores

Helena Luiza Horn, Izadora Kracik Faraco, Beatriz Martins Conradi, Juliano Osmar Kuhnen, Eduardo Ewald, Rafael Narciso Franklin