Dados do Trabalho
Título
OCLUSAO ARTERIAL AGUDA POR TROMBOSE DE ANEURISMA DE ARTERIA POPLITEA, UMA ABORDAGEM ENDOVASCULAR: RELATO DE CASO.
Apresentação do Caso
Paciente feminina, 82 anos, história de tabagismo importante, cessado há 10 anos, hipertensa (HAS), chega ao pronto atendimento apresentando dor em membro inferior esquerdo (MIE) de início há menos de 12 horas, com piora súbita, associada à frialdade de MIE. Ao exame físico constatou-se palidez e ausência de pulsos distais em MIE, sendo possível apenas palpação de pulso femoral. No membro inferior direito (MID) observou-se pulsos distais presentes, duas cruzes em quatro, sem sinais de alteração de ritmo. Foi solicitado Ecodoppler Arterial de MIE, que evidenciou Oclusão Arterial Aguda (OAA) de artéria poplítea ao nível de P1 com trombos frescos se estendendo até porção proximal da Artéria Femoral Superficial (AFS) e ateromatose moderada. Paciente foi levada ao bloco cirúrgico, onde foi realizada arteriografia, a qual confirmou diagnóstico de OAA, visualizando-se deságue apenas em artéria fibular. Desta forma, realizou-se a recanalização da artéria ocluída, bem como o posicionamento de cateter multiperfurado medindo 30 cm no local da obstrução para infusão de trombolítico Alteplase (boulos, seguido por manutenção em bomba de infusão). Em seguida, paciente foi encaminhado para Unidade de tratamento intensivo (UTI) para monitoramento. Em arteriografia de controle após 24 horas, foi evidenciada presença de aterosclerose moderada e grande aneurisma de artéria poplítea (AAP), sendo, então, realizada a correção do AAP via endovascular com implante de stent revestido. Paciente recebeu alta após 5 dias e não apresentou complicações em 6 meses de pós operatório.
Discussão
O AAP é definido como uma dilatação focal maior que 50% do diâmetro máximo esperado para o segmento, considerando sexo e idade, medido via exame de imagem. A cirurgia aberta continua sendo padrão-ouro para o tratamento de AAPs, realizada há décadas, essa técnica possui dados concretos sobre seus desfechos a longo prazo. No entanto, a abordagem endovascular tem ganhado espaço por ser um método menos invasivo, com tempo cirúrgico e de recuperação menores, apesar de possuir algumas controvérsias quanto a sua perviedade a médio e longo prazo. Todavia, em casos com ateromatose importante e trombose aneurismática, a abordagem endovascular com trombolise intracatéter e implante de stent revestido apresenta bons desfechos, sendo uma opção terapêutica de grande valia.
Conclusão
Este estudo objetiva ampliar conhecimento acerca da técnica endovascular para correção de AAP, visto que é uma condição grave e urge rápido diagnóstico.
Referências
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Área
Geral
Autores
Emanuelle Marafiga da Silva, Mariana Paslauski Nunes, Vinicius Matos Menegola, Marina Buchner