Dados do Trabalho
Título
ANALISE ETNICA-REGIONAL DA DOENÇA VASCULAR PERIFERICA NO BRASIL, NOS ANOS DE 2013 E 2023.
Introdução
A Doença Vascular Periférica (DVP), se caracteriza pela oclusão ou estenose de alguma artéria periférica e se desenvolve mais comumente devido à aterosclerose, o que pode levar à perda de fluxo sanguíneo para o local afetado. Grande parte dos pacientes são assintomáticos, mas o sintoma mais comum é a claudicação intermitente. Alguns fatores de risco conhecidos são: idade, gênero, hipertensão, diabetes, tabagismo, hipercolesterolemia, obesidade, sedentarismo e histórico familiar positivo.
Objetivo
Análise regional de casos de DVP entre grupos étnicos e sua relevância pra perfil de risco.
Metodologia
Realizou-se estudo descritivo quantitativo, do banco de dados do SUS Tabnet, analisando os casos de internação em detrimento da DVP nas populações branca, preta e parda por região federativa brasileira, sendo os dados tabelados para uma análise estatística simples.
Resultados
Observou-se que, dentre a população branca internada pelo SUS, no ano de 2013, no Brasil, a DVP foi responsável por 0,27% das internações; já entre a preta e parda foi de 0,14%. Analisou-se também o Brasil por regiões federativas: Sul, brancos (0,35%), pretos e pardos (0,31%); Norte, brancos (0,03%), pretos e pardos (0,04%); Nordeste, brancos (0,1%), pretos e pardos (0,09%); Sudeste, brancos (0,24%), pretos e pardos (0,22%); Centro-Oeste, brancos (0,11%), pretos e pardos (0,12%). Em comparação, no ano de 2023 no Brasil, a DVP causou 0,38% das internações entre a população branca e 0,35% entre a preta e parda. Na análise isolada das regiões federativas brasileiras, demonstrou-se: Sul, brancos (0,41%), pretos e pardos (0,36%); Norte, brancos (0,20%), pretos e pardos (0,14%); Nordeste, brancos (0,35%), pretos e pardos (0,35%); Sudeste, brancos (0,40%), pretos e pardos (0,45%); Centro-Oeste, brancos (0,15%), pretos e pardos (0,27%).
Conclusão
O aspecto racial não se mostrou associado ao número de internações causadas pela DVP, assim, não sendo relevante como fator de risco para o desenvolvimento da doença em nenhum dos anos analisados. Isso por que, dentre os dados analisados não houve diferença significativa, além de que em algumas regiões, houve mais casos entre os brancos do que entre pretos e pardos.
Referências
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS. Disponível em:
MORLEY, Rachel.; SHARMA, Anita.; HORSCH, Alexander; HINCHLIFFE, Robert Peripheral artery disease, University of Bristol, 1 de fevereiro de 2018
Área
Geral
Autores
JULIANA MARIA CHAVES, ISABELLA DUMCKE DE SANTAELLA, LUCIANA BELLAN MANNRICH