XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA EFICACIA DO TRATAMENTO DE VARIZES COM ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA GUIADA POR ULTRASSOM DOPPLER EM PACIENTES DO OESTE CATARINENSE.

Apresentação do Caso

A escleroterapia com espuma guiada por ultrassom doppler tem se destacado como uma abordagem eficaz no tratamento de pacientes com insuficiência venosa crônica. Esta técnica combina a administração de uma espuma esclerosante diretamente nas veias afetadas com o auxílio do ultrassom doppler para orientação precisa. Ao fornecer uma visualização em tempo real das veias comprometidas, o ultrassom doppler permite ao médico identificar varizes e refluxo venoso, facilitando a administração adequada da espuma esclerosante nas áreas-alvo. O objetivo do presente estudo é descrever os resultados da escleroterapia com espuma guiada por ultrassom doppler no tratamento de pacientes com insuficiência venosa crônica na cidade de Chapecó-SC.

Discussão

Foram analisados dezoito casos longitudinais. Entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. Pacientes portadores de insuficiência venosa crônica, CEAP 2 a 6, e que apresentavam insuficiência de veias safenas internas, externas ou em ambas foram tratados com ecoescleroterapia com espuma em uma clínica particular de Chapecó-SC. Os critérios de inclusão foram: sintomas e sinais decorrentes da IV; Classificação CEAP de 2 a 6; sem história de operação venosa, trombose venosa profunda ou flebite; realização de ecocolordoppler prévio, e foram incluídos pacientes, sendo considerado o padrão de refluxo na VSM descrita na análise espectral, refluxo com duração maior que 0,5 segundo e velocidade sistólica maior que 25 cm/s. Diâmetros de veias safenas maiores que 8 mm foram excluídos do estudo. Foram realizadas o tratamento com polidocanol a 3%, sendo método de Tessari foi utilizado para produção da espuma e os todos pacientes foram reavaliados com ultrassom doppler entre 2 a 3 semanas pós-procedimento para verificação e os seguimentos dos pacientes. Para três deles foi necessário uma nova reaplicação após 2 meses do procedimento, desses um foi encaminhado para safenectomia. Posteriormente entre período mínimo de 12 a 18 meses, forma realizados nova avaliação clínica e ultrassográfica do tratamento efetuado. Observado a satisfação ou não dos pacientes com método realizado e a reavaliação da veias safena tratadas com espuma.

Conclusão

A ecoescleroterapia mostrou-se um procedimento seguro e eficaz para o tratamento de insuficiência venosa crônica nesse grupo de pacientes. As complicações observadas foram mínimas e a maioria dos pacientes referiu satisfação com os resultados do tratamento.

Referências

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Área

Geral

Autores

Helio Augusto Santos Machado, Giuliana Facco Machado, Carina Vittorello