XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

PANORAMA EPIDEMIOLOGICO DE CIRURGIAS DE TROMBOENDARTERECTOMIA FEMURO-POPLITEA NO BRASIL NOS ULTIMOS 10 ANOS.

Introdução

A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) implica em alto custo estatal, afetando o sistema de saúde. A revascularização consiste no tratamento principal, podendo ser realizada por meio de técnicas cirúrgicas convencionais ou por vias endovasculares, que geram menor custo devido à rápida realização do procedimento e menor permanência hospitalar.

Objetivo

Avaliar a variação de procedimentos nacionais de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2013 e 2022.

Metodologia

Estudo quantitativo, observacional, ecológico e descritivo que analisou o número de procedimentos de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal realizados pelo SUS realizados no território brasileiro entre 2013 e 2022. Os dados foram obtidos através do sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) presentes no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e interpretados manualmente e de forma sistematizada.

Resultados

Com base nos dados analisados, é possível observar uma diminuição significativa na quantidade de procedimentos de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal efetuados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre os anos de 2013 e 2022. A redução observada nesse período corresponde a 17,87%, não havendo variações consistentes entre os anos analisados. Pode-se notar um pico no ano de 2020 e aumentos pontuais em 2016, 2021 e 2022. Entre 2013 e 2014, percebe-se uma queda de 6,84%, o período seguinte apresentou redução semelhante a 3,89%, por sua vez, entre 2015 e 2016 pode-se observar um aumento de 2,57%. O número de procedimentos voltou a cair nos quatro períodos seguintes, representando quedas de 5,21% em 2017, 0,75% em 2018 e 4,54% em 2019, e 14,80% em 2020. Como pode-se observar, a maior queda registrada foi atribuída ao ano de 2020, podendo ter sido influenciada pelo contexto da pandemia de SARS-Cov-19 e o cancelamento de procedimentos eletivos. A seguir, ocorreram aumentos de 5,93% em 2021 e 5,92% em 2022.

Conclusão

Analisando os dados se conclui que, apesar do alto custo comparado às alternativas endovasculares, ainda ocorre grande utilização da Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal, como demonstrado pelos resultados do estudo. É ressaltada a estabilidade da DAOP e outras doenças oclusivas que necessitam de tais procedimentos.

Referências

MAGALHÃES, T. R. et al. Doença arterial obstrutiva periférica: um estudo comparativo entre revascularizações abertas e endovasculares realizadas em caráter de urgência no sistema público de saúde do Brasil entre 2010 e 2020. Jornal vascular brasileiro, v. 21, p. e20220016, 2022.

Área

Geral

Autores

GABRIEL COSTA LAPINHA, JOHANNA ROYER WERLE, STTEFANNY GOMES NORONHA