XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

CIRURGIAS DE TROMBOENDARTERECTOMIA FEMURO-POPLITEA NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022: ANALISE REGIONAL.

Introdução

A Doença Arterial Obstrutiva Crônica Periférica (DAOP) é a principal doença vascular oclusiva, afetando 10 a 25% na população acima de 55 anos e sendo associada a um alto índice de amputações. O tratamento ideal se baseia na revascularização que pode ser executada através da técnica cirúrgica convencional (tromboendarterectomia) ou da técnica endovascular.

Objetivo

Avaliar a variação de procedimentos de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por região brasileira entre 2013 e 2022.

Metodologia

Estudo quantitativo, observacional, ecológico e descritivo que analisou o número de procedimentos de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal realizados pelo SUS realizados nas regiões geográficas brasileiras entre 2013 e 2022. Os dados foram obtidos manualmente e de forma sistematizada através do sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).

Resultados

Conforme os dados analisados, os procedimentos de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal realizados pelo SUS sofreram variações significativas no período de 2013 a 2022. Ocorreram quedas em todo o país, exceto a Região Centro-Oeste. A redução mais acentuada foi observada na Região Nordeste, 52,78%; em seguida, temos a Região Sul, Sudeste e Norte, com quedas de 17,93%, 15,51% e 12,12%, respectivamente. Quanto ao crescimento dos valores da Região Centro-oeste, esta apresentou um acrescimo de 79,69%. Contudo, ao observar as variações anuais, foi possível observar um aumento de 70,31% nos procedimentos realizados na Região Centro-Oeste em 2014, quando comparados ao ano de 2013. Após essa elevação, os valores mantiveram-se estáveis ao longo do período analisado. Por sua vez, as regiões Sudeste e Sul apresentaram quedas graduais sem variações repentinas nos valores analisados. Na Região Nordeste, observou-se a queda dos números durante o período, com exceção do ano de 2021, onde houve um aumento de 56,88% no número de procedimentos realizados. Ao olhar para a Região Norte notou-se um padrão de repetidas quedas e acréscimos percentuais, que podem ser justificados pelo baixo número de procedimentos realizados.

Conclusão

Como evidenciado pelos resultados apresentados, apesar das variações regionais, a realização de cirurgias de Tromboendarterectomia Femuro-Poplitea Distal e Proximal no SUS permaneceu estável. Nota-se que, mesmo com avanços na endovascular, a técnica convencional ainda é o principal método cirúrgico de escolha para o tratamento de quadros oclusivos.

Referências

DURAZZO, A. E. DE S. et al. Doença arterial obstrutiva periférica: que atenção temos dispensado à abordagem clínica dos pacientes? Jornal vascular brasileiro, v. 4, n. 3, p. 255–264, 2005.

Área

Geral

Autores

STTEFANNY GOMES NORONHA, GABRIEL COSTA LAPINHA, JOHANNA ROYER WERLE