XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

CORREÇAO DE ENDOLEAK TIPO II – POS-OPERATORIO TARDIO DE ENDOPROTESE TORACICA COM BYPASS CAROTIDEO SUBCLÁVIO

Apresentação do Caso

Mulher, 73 anos, portadora de HAS, DM II e hipotireoidismo, com histórico de reparação endovascular da aorta torácica e ponte carotídeo-subclávia em 2008, implante de endoprótese customizada em aortas abdominal e torácica e angioplastia com stent não revestido em artéria ilíaca comum bilateralmente em 2019. Em 2023 realizou arteriografia de subclávia esquerda e troncos supra-aórticos com identificação de artéria vertebral esquerda com origem no arco aórtico, originando o Endoleak por enchimento retrógrado através da artéria basilar. No mesmo ano, foram realizadas, posteriormente, duas tentativas de tentativa de embolizações com cateterização de artéria vertebral direita ,basilar e vertebral esquerda, sem sucesso. Em 2024 realizou-se nova intervenção para embolização do Endoleak da artéria vertebral esquerda, sendo implantados Micro Molas e utilizado um Sistema Líquido Embolizante composto por copolímero Álcool Vinil Etileno (EVOH) com entrada pela femoral, cateterização da vertebral direita e passagem pela basilar até vertebral esquerda, sem ocorrência de intercorrências. O pós-operatório ocorreu em leito de enfermaria. Ao exame clínico encontrava-se estável, com bom controle álgico e sem queixas, aspecto favorável das feridas operatórias e os pulsos periféricos estavam presentes e simétricos.

Discussão

Endoleaks são prevalentes em aneurismas endovasculares, com incidência variando de 6% a 57%5. Tipos 1 e 3 requerem intervenção corretiva urgente devido ao alto risco que representam6, Em contrapartida, os de tipo 2 geralmente são gerenciados através de uma estratégia de vigilância atenta e monitoramento constante, recorrendo- se a medidas mais invasivas somente se for detectada uma expansão do saco aneurismático7. Esta abordagem diferenciada destaca a necessidade de uma análise detalhada e adaptada a cada caso, com o intuito de otimizar os resultados clínicos e reduzir os riscos associados a essas intervenções endovasculares complexas.

Conclusão

O manejo desafiador de um aneurisma aórtico destaca sua complexidade. Múltiplas tentativas de embolização, com risco de complicações, levaram à decisão estratégica de empregar Micro Molas e Sistema Líquido Embolizante para tratar endoleak tipo II. A persistência desses eventos suscita questões sobre o manejo ideal e avaliação de melhor abordagem para tal quadro. Este estudo oferece valiosas insights para a prática clínica, enfatizando a necessidade de monitoramento rigoroso e intervenções oportunas em pacientes com aneurismas vasculares

Referências

1. WHITE, G. H. et al. Endoleak as a Complication of Endoluminal Grafting of Abdominal Aortic Aneurysms: Classification, Incidence, Diagnosis, and Management. Journal of Endovascular Therapy, v. 4, n. 2, p. 152–168, maio 1997. 2. BAUM, R. A. et al. Treatment of type 2 endoleaks after endovascular repair of abdominal aortic aneurysms: Comparison of transarterial and translumbar techniques. Journal of Vascular Surgery, v. 35, n. 1, p. 23–29, jan. 2002. 3. AMELI-RENANI, S.; MORGAN, R. A. Secondary interventions after endovascular aneurysm sac sealing: endoleak embolization and limb-related interventions. Seminars in Vascular Surgery, v. 29, n. 1-2, p. 61–67, mar. 2016. 4. FRANCISCO BEZERRA NETO et al. A importância do diagnóstico por imagem na classificação dos endoleaks como complicação do tratamento endovascular de aneurismas aórticos. v. 43, n. 5, p. 289– 294, 1 out. 2010. 5. BELCZAK, SERGIO QUILICI, et al. “Tratamento de Endoleak Tipo 1A Mediante Embolização Com Molas: Relato de Caso.” Jornal Vascular Brasileiro, vol. 18, 2019, https://doi.org/ 10.1590/1677-5449.180130. Accessed 15 June 2022. 6. S. GOHEL, MANJIT, et al. “Salvage Antegrade Visceral Revascularization and Antegrade Aortic Stenting for Type I and III Endoleaks after Fenestrated Juxtarenal Aneurysm Repair.” Jvascsurg.org, 22 Oct. 2012, www.jvascsurg.org/article/S0741-5214(12)01492-9/fulltext#%20. 7. D. AVGERINOS, EFTHYMIOS, et al. “Type II Endoleaks.” Jvascsurg.org, 28 Aug. 2014, www.jvascsurg.org/article/S0741-5214(14)01481-5/fulltext.

Área

Geral

Autores

Marilia Murillos Mendes, Guilherme Ribeiro Neto, Gabriele De Sousa Silva, Alexandre Salvador, Ruth Isabel Zuna Serrano, Marcelo Barbosa Mandelli