XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

CORREÇAO CIRURGICA DE ANEURISMA EM ARTERIA SUBCLAVIA DIREITA ABERRANTE COM DIVERTICULO DE KOMMERELL

Apresentação do Caso

Home, 74 anos, ex-tabagista, hipertenso e diabético. Realizou Angiotomografia de cervical, a qual evidenciou a presença de artéria subclávia aberrante, com dilatação aneurismática ao nível da sua emergência, situando-se posteriormente a traqueia e ao esôfago, com calibre máximo de 33 mm associado a calcificações ateromatosas parietais, além de pequena dilatação aneurismática da porção ascendente da aorta torácica. Alem disso, detectou a presença de um Aneurisma de Kommerell, devido a presença de dilatação aneurismática do segmento proximal da artéria subclávia direita, com trombo luminal parcial. O paciente foi submetido a correção cirúrgica do aneurisma de artéria subclávia direita aberrante, com divertículo de Kommerell, por meio da realização de bypass carotídeo-subclávio à direita, embolização do aneurisma com plug vascular cilíndrico auto-expansível e implante de endoprótese torácica, com fenestra para a artéria subclávia esquerda, sem intercorrências durante o procedimento. Em angiotomografia realizada após o procedimento, evidenciou a presença de endoprótese vascular na aorta torácica sem sinais de endoleak e de complicações. Como plano de cuidado, foi solicitado uma angiotomografia em seis meses para acompanhamento, além da suspensão do clopidogrel e orientações sob seguimento do cuidado da hipertensão em unidade básica de saúde.

Discussão

A artéria subclávia aberrante (ASCA) direita, uma condição anatômica rara (prevalência de 0,5% a 1%), apresenta variações, com 15% dos casos exibindo curso entre esôfago e traqueia. O divertículo de Kommerell (DK), uma dilatação no início do vaso aberrante, ocorre em mais de 60% dos casos, sendo mais prevalente e sintomático em ASCA esquerda, podendo causar compressão e complicações como ruptura do aneurisma e dissecção aórtica. Geralmente assintomática, a ASCA direita demanda atenção devido ao seu trajeto próximo a estruturas críticas. O conhecimento anatômico preciso é crucial para prevenir danos durante a intervenção cirúrgica e evitar eventos adversos.

Conclusão

Assim sendo, a raridade da artéria subclávia aberrante direita ressalta a importância do diagnóstico precoce. O divertículo de Kommerell amplifica a complexidade, exigindo uma abordagem cirúrgica precisa. Reconhecer variações anatômicas é crucial para evitar complicações graves. Destaca-se a necessidade de intervenções personalizadas e meticulosidade diagnóstica para assegurar resultados clínicos favoráveis e a segurança do paciente.

Referências

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Área

Geral

Autores

Duane Faccenda Baccin, Guilherme Ribeiro Neto, Gabriel Alexis Magalhães Ibañez, Raysa Mahomed Aboobakar, Marcelo Barbosa Mandelli, Maylla Hellena Antunes Klein