XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO DE MEMBROS INFERIORES NA PRESSAO DE INTERFACE EM IDOSOS SUBMETIDOS A COMPRESSAO INELASTICA: ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO CONTROLADO

Introdução

A Doença Venosa Crônica (DVC) é uma das condições clínicas mais prevalentes no mundo, principalmente em idosos. O processo de envelhecimento está frequentemente associado com uma perda gradual de força e massa muscular. Quando esta perda de massa muscular está associada com uma doença venosa caracterizada por um dano estrutural na parede da veia, defeitos valvulares ou processo obstrutivo, a função de retorno venoso pode ser potencialmente agravada. Da mesma forma, a efetividade da terapia compressiva durante a atividade muscular pode ser reduzida.

Objetivo

Analisar os efeitos do fortalecimento muscular dos membros inferiores sobre a pressão de interface (PI), índice de rigidez estática (IRE), índice de rigidez dinâmica (IRD) e amplitude de pressão de caminhada (APC) em idosos submetidos à terapia de compressão inelástica.

Metodologia

Quarenta e três idosos saudáveis de ambos os sexos (Idade: 66,2 ± 4,4 anos) preencheram os critérios de elegibilidade e completaram todas as etapas do estudo (Treinamento Resistido - TR: N= 20; Controle - CONT: N= 23). Composição corporal, força e mobilidade funcional de membros inferiores, PI, IRE, IRD e APC foram avaliadas antes e após 12 semanas de intervenção.

Resultados

O teste ANOVA (two-way) com medidas repetidas demonstrou um efeito significativo da interação grupo-tempo na força muscular para 1-RM [F (1, 41) = 21,091;p≤0,001], PI na posição ortostática [F (1, 41) = 5,124;p≤0,05], APC mínima [F (1, 41) = 10,999;p≤0,05], APC máxima [F (1, 41) = 8,315;p≤0,05], IRD mínimo (F (1, 41) = 4,608; p≤0,05), IRD máximo (F (1, 41) = 8,926;p≤0,05) e no delta DSI (F (1, 41) = 7,891;p≤0,05).

Conclusão

No grupo TR, o aumento da força muscular dos membros inferiores foi acompanhado de um aumento da PI nos movimentos de dorsiflexão e flexão plantar do pé, tanto na posição ortostática (IRD) quanto durante a marcha (APC). Portanto, o TR constitui uma intervenção eficaz para melhorar a pressão de interface em pacientes que necessitam de terapia compressiva inelástica para tratamento da doença venosa crônica, uma vez que pode melhorar a efetividade da terapia compressiva através de uma aumento das pressões de interface e reduzindo a hipertensão venosa durante a marcha.

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Área

Geral

Autores

EDUARDO SIMÕES DA MATTA, GIOVANNI MOSTI, VANESSA DA SILVA CORRALO, GLAUCIANO POLICENO DE MOURA, LUCIANO BRANCO DE QUADROS, CLODOALDO ANTÔNIO DE SÁ