XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

O PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR ATEROSCLEROSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE OS ANOS DE 2022 E 2023.

Introdução

A Aterosclerose representa um problema relevante no território brasileiro, uma vez que consiste em um processo multifatorial e complexo, com diversos fatores de risco, além de ser a principal causa de doenças cardiovasculares (DCV). Na amostra do Estado de Santa Catarina, o número expressivo de casos entre 2022 e 2023 acarretou mais de 12 milhões em gastos na saúde pública. Dessa forma, se torna importante determinar o perfil epidemiológico, para que medidas possam ser efetivadas para essa doença complexa.

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico da ocorrência de internações por aterosclerose no Estado de Santa Catarina, durante o período de Janeiro de 2022 a Dezembro de 2023, identificando a incidência de acordo com as características destacadas.

Metodologia

Estudo epidemiológico descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido a partir de dados secundários do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS).

Resultados

Foram registradas 3175 internações de Aterosclerose no período de 2022 a 2023, em 44 municípios do estado de Santa Catarina, com maior incidência na cidade de Braço do Norte, responsável por 20,1% (646) casos. Em ambos os anos, os meses que mais registraram internações foram novembro a dezembro em toda a região, no período analisado. A faixa etária mais acometida está entre 60 a 69 anos (35%). Dos casos registrados, 1956 (61,6%) foram do sexo masculino e 1219 (38,3%) do sexo feminino, com aproximadamente 91% (2891) dos pacientes de origem branca. A média da taxa de mortalidade nesse período é de 3,15% (100).

Conclusão

Diante do exposto, percebe-se que no Estado de Santa Catarina a Aterosclerose representou importante incidência de internações nos serviços hospitalares da região. Embora a taxa de mortalidade da doença (3,5%) relatada não seja expressiva, é necessário entender que não foi possível constatar a mortalidade das demais DCV que ocorrem em decorrência da arteriosclerose. Também foi constatado que a idade avançada (60 a 69 anos) e o sexo masculino (61,6%) contribuem para uma maior prevalência de Aterosclerose. Portanto, possuir dados epidemiológicos representativos, confiáveis e abrangentes sobre o assunto, é uma etapa obrigatória para a superação na oferta do melhor cuidado possível a uma patologia importante no cenário da saúde pública regional.

Referências

DATASUS. Tabnet. Brasília, DF. 2024. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/morbidade-hospitalar-do-sus-sih-sus/. Acesso em: 7 de março de 2024.

PORTAL, Vera Lucia. Aterosclerose - uma doença complexa. Rev. da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul- Ano XIII nº 03 Set/Out/Nov/Dez 2004. Disponível em: http://sociedades.cardiol.br/sbc-rs/revista/2004/03/artigo06.pdf. Acesso em: 7 de março de 2024.

OLIVEIRA, G. M. M. D. et al.. Estatística Cardiovascular – Brasil 2021. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 118, n. 1, p. 115–373, jan. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/xf6bJDQFs7gyH4cWqVtrkDq/#. Acesso em: 7 de março de 2024.

Área

Geral

Autores

ANA CAROLINA LAZZARI BRITO, ANA BELISA MARINHO VELOSO