Dados do Trabalho
Título
RECONSTRUÇAO NASAL COM RETALHO FRONTAL PARAMEDIANO E SEU REFINAMENTO ESTETICO
Resumo
Apresentar um relato de caso, em que um carcinoma basocelular em ponta nasal, inicialmente considerado pequeno pela paciente, representou um grande defeito cirúrgico, sendo necessário lançar mão de avançadas técnicas de reconstrução por meio do retalho paramediano, assim como o posterior refinamento estético respeitando as subunidades nasais descritas por Menick. Resultando em um excelente resultado estético e resolução oncológica.
Introdução
A estética facial desempenha um papel vital na qualidade de vida e autoestima dos pacientes. Tumores de pele na região nasal, por sua proeminência e importância estética, sempre foram um desafio à medicina, neste contexto, o retalho paramediano se apresenta como uma opção que atravessa as gerações, sendo constantemente aperfeiçoado em busca de melhor qualidade estética. O objetivo do trabalho é relatar um caso de exérese de tumor cutâneo nasal com reconstrução usando um retalho paramediano e seu posterior refinamento estético.
Objetivo
Descrever a técnica do retalho paramediano, sua usuabilidade atual, assim como o posterior refinamento estético respeitando as subunidades nasais de Menick, entregando resolução oncológica, assim como, um excelente resultado estético e a satisfação da paciente.
Método
Relato de Caso:
Paciente sexo feminino, 72 anos, natural do Rio de Janeiro, hipertensa, apresentou-se no serviço de cirurgia plástica do Hospital Municipal Barata Ribeiro, com queixa de lesão ulcerada e descamativa em asa nasal esquerda com cerca de um ano de evolução. Foi realizada exérese ampliada em razão da presença de duas outras lesões suspeitas a dermatoscopia em dorso nasal, confirmada margens negativas ao histopatológico, com reconstrução imediata usando retalho paramediano, posterior autonomização com 30 dias e refinamento com 5 meses.
Resultado
Assim, mostramos o resultado do retalho paramediano, seu refinamento estético, com foco na subunidade nasal lateral esquerda e o contentamento da paciente com o resutlado estético após 6 meses de cirurgia.
Discussão
Vimos que pequenas lesões nasais, podem na verdade representar grandes defeitos cirúrgicos, sendo necessário o cirurgião ter um vasto arsenal terapêutico disponível para a melhor resolução do caso. Além do alinhamento de expecitativas no pré operatório, educando o paciente quanto a possibilidade de grandes ressecções e mais de um tempo cirúrgico.
Conclusão
Apesar do impacto visual inicial do retalho paramediano e possível descontentamento estético no primeiro momento, ele ainda se mostra como o carro-chefe para a correção de grandes defeitos nasais, mostrando melhor aceitabilidade do paciente, quando bem informado sobre as opções cirúrgicas, gerenciamento de expectativas e educação do paciente quanto aos tempos posteriores de refinamento.
Referências
1. Cintra HPL, Bouchama A, Holanda T, Jaimovich CA, Pitanguy I. Uso do retalho médio-frontal na reconstrução do nariz. Rev Bras Cir Plást. 2013;28(2):212-7.
2. Baker SR. Principles of nasal reconstruction. Maryland, US: Mosby; 2002.
3. Pereira CM, Venturelli EP, Rocha RS, Gonçalves PR, Silva FN, Bocardo SD. Nasal reconstruction with paramedian frontal flap after cancer resection. Rev. Bras. Cir. Plást.2020;35(3):373-377
4. Bochnia Cerci, F., & Nguyen, T. H. (2014). Retalho paramediano frontal na reconstrução de defeitos nasais complexos após cirurgia micrográfica de Mohs. Surgical & Cosmetic Dermatology, 6(1), 17-24.
Palavras Chave
Reconstrução nasal; retalho paramediano; refinamento estético
Arquivos
Área
Cirurgia Plástica
Categoria
Cirurgia Plástica
Instituições
Hospital Municipal Barata Ribeiro - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
LUCAS RIBAK MATTOS, PEDRO PAULO MOREIRA MARQUES, LAURA SILVA DE OLIVEIRA MACHADO, GABRIELLE ALVES CALZA