Aprender Criança 2024

Dados do Trabalho


Título

EDUCAÇAO ASSISTIDA POR ANIMAIS: O CAO COMO TECNOLOGIA ASSISTIVA DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Objetivos

Inserir a Educação Assistida por Animais com Cão em aprendizes com TEA, que frequentam o Núcleo de Neuroaprendizagem InterSer com Pedagoga e Psicopedagoga, como tecnologia assistiva e contribuir no processo de ensino e aprendizagem, mensurando os resultados e preconizando a sua aplicabilidade no contexto educacional inclusivo. A Educação Assistida por Animais com Cães como Tecnologia Assistiva buscará: O foco da atenção aplicada em atividades específicas; Estados emocionais positivos para maior enganjamento nas atividades; O estímulo à conversação e motivação para o ensino dos comportamentos verbais; A troca de carinho físico com o animal, destaques para psicomotricidade; O desenvolvimento de empatia, aceitação e confiança; Ampliação do contato visual e novo modelo de imitação; Maior repertório para habilidades sociais e aumento de autorregulação e controle; Desenvolvimento de atenção plena e apoio para funções executivas; O aprendizado sobre responsabilidade e cuidado com o outro. Verificar se existem benefícios pedagógicos na vida do aluno com deficiência a partir da introdução de animais como mediador em seu aprendizado; identificar e expor quais as vantagens pedagógicas em introduzir animais no processo de ensino-aprendizagem do aluno com TEA; Analisar os resultados, o desempenho e avanço dos alunos com TEA no processo de ensino-aprendizagem, no que diz respeito ao seu neurodesenvolvimento através de tabulação.

Material e Método

O método de Investigação usado é de pesquisa científica de estudo de caso, quantitativa e qualitativa e estruturada inicialmente a partir de dois focos : um que corresponde ao quantitativo no que refere os alunos e a avaliação de repertório inicial antes da EAA, também entrevistas estruturadas e anamnese com os familiares, professores que trabalham com os alunos alvo do projeto. As fontes e acessos serão o questionário survey para os professores, anamnese estruturada para pais, e testes específicos para rastreamento do neurodesenvolvimento e de déficits para aprendizagem como Inventário IDADI, Escala Socially Savvy , Protocolo Vineland 3, Teste Luriano Neuropsicológico, entre outros. Para a análise de dados será usado o sistema de triagem avaliativa Pró-AMIC . . Concluída esta fase, dar-se-á início a introdução do cão de serviço assistido com as crianças no setting terapêutico. O cão é de raça American Staffordshire Terrier, cão dentro da legalidade e normas Internacionais, ele e sua condutora possuem Especialização Internacional em Serviço Assistido por Animais. As atividades e seu planejamento serão em face do resultado das avaliações dos três aprendizes com TEA de nível de suporte 2 e 3 e ocorreram por sete meses, duas vezes na semana por um período de 40 min cada atendimento. Após concluída as intervenções, a pesquisa qualitativa com os professores, como projeção dos resultados do projeto.

Resultados

A avaliação do neurodesenvolvimento inicial dos aprendizes com TEA que participam do projeto pode apontar para várias limitações, que envolvem desde a dificuldade de permanência em ambientes educacionais até falta de contato visual. Porém à medida que acontecem às intervenções, os alunos inclusos vão gradativamente permitindo a aproximação do cão e dos demais colaboradores do pesquisa, possibilitando maior aceitação das atividades propostas, contudo, isso requeriu um tempo de aceitação, tornar o cão mediador é primordial para o aprendizado e a socialização. Durante nossas atividades é possível verificar diversos benefícios aos
assistidos, dentre eles, melhora na memória, concentração, entendimento, foco e segurança para desenvolver as atividades propostas, comunicação e diminuição da ansiedade e dos comportamentos interferentes. E a medida que se desenvolviam em setting terpêutico, também generalizavam essas aprendizages para suas salas do Ensino Regular Comum, obtendo maiores percentis em atividades curriculares em sua sala de aula, de acordo com análise de seus professores através dos questionários.

Conclusões e implicações dos resultado

Conclui-se que a Educação Assistida por Animais com cão tem sim muito potencial como tecnologia Assistida, pois é um método que pode ser inserido não apenas em clínicas, mas também no âmbito escolar com resultados muito satisfatórios, já obtidos através desta pesquisa. Conforme verificado neste artigo proposto, os diversos benefícios que essa prática pode proporcionar e beneficiar aos alunos com TEA, em geral são inúmeras, desde o desenvolvimento das habilidades básicas á habilidades acadêmicas, que são de suma importância para a inclusão. Contudo, evidenciamos a necessidade de continuar estudando e apontando de que modo e quanto à Educação Assistidas por Cães com crianças com diagnóstico de TEA não verbais podem contribuir para o desenvolvimento de intenções linguísticas significativas, reforçando que o contexto em sala de aula no qual as interações sociais se dão de forma mais positiva podem ser mais um local a ser usado. Por fim, dado o fato de que tomamos a ousadia de qualificar o Serviço Assistido por Animais com Cão como um serviço de Tecnologia Assistiva, queremos salientar que nossa intenção foi de provocar aos pesquisadores de ambas as áreas. Neste sentido a provocação tem a expectativa de promover mudanças no cenário nacional, de modo a sinalizar a possibilidade de expandirmos as subáreas da TA para que os SAA ( Serviço Assistido por Animais - TAA, EAA,AAA) sejam qualificadas como um serviço, dando a visibilidade que as mesmas carecem e a possibilidade de atendimento gratuito em instituições públicas para crianças que delas possam se beneficiar.

Área

Neurodesenvolvimento e seus Transtornos

Categoria

Educador

Instituições

Nucleo de Neuroaprendizagem InterSer - Santa Catarina - Brasil

Autores

GISELLE DIAS, ROSANGELA APARECIDA DE BAIRROS